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ÁLBUM DE FAMÍLIA

RAUGIT FERNANDES CRUZ

 


Raugit Fernandes Cruz e Antonia Lima Cruz.

Fernando Antonio Lima Cruz

Meus avós paternos, Raugit Fernandes Cruz (de terno escuro) e Antonia Lima Cruz (sentada, cujo nome de solteira era Antonia Marques de Lima), filhos respectivamente de Raymundo Nonato da Cruz e Maria Lins Cruz e de João Marques Evangelista (conhecido como João Lucas, do Sítio Picada) e Maria Ferreira Lopes.

Meu avô Raugit faleceu a 11 de junho de 1942, às 23:00 horas, na Rua Cônego Leitão, s/nº, Castanhal-Pará, com 26 anos de idade, vítima de tuberculose pulmonar, conforme consta na certidão de óbito emitida em 12 de junho de 1942 pelo Tabelionato Freire da Silva (2º Ofício), cuja 2ª via obtive em 7 de dezembro de 2006.

Minha avó Antonia faleceu a 1º de junho de 1943, às 12:00 horas, no Hospital Domingos Freire, em Belém, aos 27 anos de idade, vítima de tuberculose, conforme consta na certidão de óbito emitida em 2 de junho de 1943 pelo 3º Tabelionato de Notas, de Belém, cuja 2ª via obtive em 27 de agosto de 2007.

O Hospital Domingos Freire, construído no final do século XIX para servir inicialmente de isolamento para os pacientes acometidos de febre amarela e que posteriormente atendeu, também, as vítimas de tifo, impaludismo, peste bubônica, tuberculose e varíola, foi desativado e demolido na década de 1960, dando lugar ao Hospital Universitário João de Barros Barreto.

A partir de 1940 começam a surgir os antibióticos e os quimioterápicos que iriam trazer finalmente a cura da tuberculose, nos anos seguintes. A estreptomicina é descoberta em 1944 e a isoniazida, descrita desde 1912, tem sua eficácia contra a tuberculose demostrada em laboratório em 1945. Meus avós paternos faleceram, ainda jovens, sem a oportunidade de um tratamento adequado e eficaz contra a tuberculose. Hoje, o avanço da ciência e da medicina, aliado à tecnologia, nos dão a esperança de tratamento e de cura das enfermidades que afligem a humanidade.

No ano de 1945, meu pai Etevaldo Lima Cruz, juntamente com dois irmãos menores (Eládio e Maria Eliete), chegou ao município de Mombaça, onde foi criado por seus avós maternos, perdendo o vínculo com seus familiares paternos.

Segundo relatos de meu pai, meu avô Raugit contraiu tuberculose ao cair em um poço profundo. Minha avó Antonia, ao cuidar do esposo, também contraiu tuberculose, vindo a falecer um ano após o marido.

No período de março/1997 a março/1998 residi em Belém (inicialmente na Avenida Rodolfo Chermont, em Marambaia, e depois na Rua Diogo Móia, em Umarizal) quando trabalhava na multinacional farmacêutica Merck Sharp & Dohme.

Somente em 1998 (quando me preparava para retornar para Fortaleza), após 53 anos, meu pai retornou ao Estado do Pará, tendo a oportunidade de visitar suas tias Ophelia, em Castanhal, e Eromita, em Marituba.

Fotografia: Arquivo da família de Etevaldo Lima Cruz. No verso da fotografia há a seguinte dedicatória: Ao Etevaldo Lima Cruz uma lembrança da Vó Margarida. Brasília-DF, 25/07/1981.




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