Maçonaria
Prof. Francisco Rosier da Silva*
Partindo
do princípio de que a Franco-Maçonaria tem como um de seus
objetivos basilares a busca da Verdade; considerando ainda ter a nossa
Ordem surgido sob a égide do ecumenismo e daí seu profundo
espírito de tolerância, achei por bem colocar à reflexão
dos OObr
dessa Oficina o tema por demais polêmico: O DESTINO.
Analisemo-lo
e juntos tentemos debatê-lo para chegarmos a uma possível
conclusão plausível.
Teremos
de admitir um determinismo a priori que neutralize a possibilidade de
escolha dos indivíduos ou somos nós que, consciente ou inconscientemente,
pela Lei do Livre-Arbítrio, tecemos nosso destino?...
Eis
uma pergunta que há muito tem deixado perplexos os homens, porque
observadores constataram que acontecimentos favoráveis –
ou desfavoráveis – se repetem muito freqüentemente em
certas vidas, sem que aparentemente esses indivíduos possam ser
considerados responsáveis.
Ouçamos
inicialmente o que pensam sobre esse assunto os filósofos e os
psicólogos e o que dizem as religiões.
Antes,
porém, vejamos a definição de destino na palavra
do Dr. René Allendy, no livro “Les Problemes de La Destinée”,
9ª edição, Paris, Livraria Gallimard, págs.
5 e 6:
Se
um marinheiro realiza incessantes viagens, se um militar enfrenta numerosos
combates e algo de sinistro lhes acontece, é facilmente explicável,
pois tanto um como outro optaram por carreiras que os expõem a
tais acidentes. Mas se o marinheiro é vítima de 8 ou 10
naufrágios e sai sempre ileso; se o militar passa pelos maiores
perigos, sem nunca ser atingido, a repetição de situações
idênticas parece não mais depender de sua conduta pessoal.
Sempre que um certo número de circunstâncias absolutamente
imprevisíveis se realiza repetidas vezes, fala-se de destino para
expressar essa orientação geral da vida, essa continuidade
nas influências em jogo, este fluir de circunstâncias, este
repetir de situações e, por vezes, ficamos perplexos entre
o que nos é dado compreender e o que constatamos. É assim
que há homens que se arruinaram 4 ou 5 vezes, vítimas de
acontecimentos sempre inesperados e catastróficos; mulheres que
presenciaram a morte de todos os homens com os quais casaram; genitores
que perderam todos os seus filhos em acidentes diversos. Numa mesma família,
irmãos que receberam a mesma educação, seguiram caminhos
muito diferentes, uns progredindo bem além de suas reais aptidões,
outros conseguindo mal se manter. Se examinarmos um pouco a vida, não
tardaremos a descobrir em certos domínios, felicidades e obstáculos.
Há os que nunca conseguiram realizar uma estabilidade financeira,
afetiva, conjugal, familiar, social; outros que, tomados de chofre pelos
acontecimentos, atingem situações brilhantes. A história
nos fornece numerosos exemplos: a ascenção de Napoleão
Bonaparte, as imperícias fatais de Luíz XVI ou ainda a carreira
de um Bernadothe que, de simples funcionário de uma cidade do interior,
ascendeu ao trono de um país estrangeiro e tudo isso em decorrência
de uma série ininterrupta de oportunidades singulares.
É
evidentemente impossível atribuir acontecimentos a requisitos do
interessado; concebe-se que as mesmas capacidades teriam produzido efeitos
insignificantes fora das circunstâncias sociais e psicológicas,
do meio ou da época. E é esse determinismo que chamamos
de DESTINO.
Reflitamos
agora sobre o que pensam os filósofos e os psicólogos e
o que dizem as religiões:
Para
Sócrates, Platão e Aristóteles,
o homem segue seu destino que é atingir o bem, o que atingirá
mais ou menos rápido, a depender do pleno conhecimento que tenha
desse objetivo. Epicuro e Plutarco imaginam
certos pontos neutros na trama das causas, onde o homem é livre
de bifurcar. Sêneca considera como ilusória
esta liberdade do homem. Os estóicos diziam que a vontade e a imaginação
são determinadas e que a nossa liberdade nesse domínio é
muito restrita. Platão via no homem um princípio
de ação mas subordinado e submisso.
Os
filósofos do século XVII foram deterministas. Spinosa
considerou a liberdade como uma ilusão. Os do século XVIII
foram em geral inspirados pela idéia de um mecanismo fatal para
o mundo e para os seres.
Os
filósofos ingleses de Hobbes a Herbert
Spencer, salvo Reid, também não
são favoráveis a qualquer poder do homem sobre acontecimentos
de sua vida.
Os
defensores da liberdade humana são raros e, a maioria das vezes
pouco convencidos porque sua atitude, como a de Descartes,
é geralmente inspirada pela necessidade de manter sua fé.
Alguns
como Reid, retomam a teoria da indeterminação
de Epicuro, sob formas variáveis e modificadas.
Maine de Biran é o primeiro a ter querido fazer
desta liberdade algo de verdadeiramente eficaz, seguido por Renouvier,
Cournot, Saint-Venait, Boussinesg,
Delboeuf, Boutroux e Secrétan.
Na
realidade as noções opostas de determinismo e de liberdade
no problema do destino humano produziram um conflito insolúvel,
verdadeiro enigma filosófico, irritante e sem fim.
As
religiões Cristã e Judaica conciliaram a onipotência
de Deus e a responsabilidade humana. Os fariseus defendiam contra os Essênios
que a vontade divina não determinava completamente todos os problemas
humanos. São Paulo pregava a noção
da graça (Rom. IX, 18 e VIII), e Santo Agostinho
a desenvolveu em seu tratado de Livre-Arbítrio. Essa noção
da graça foi adotada sob a forma de predestinação
pela Cabala e pelo Islamismo. Os reformadores chegaram até mesmo
a negar o Livre-Arbítrio (Luther, de Servo-Arbítrio,
Reterod, In – 8º MDXVI), mas o Concílio de Trento admite
que o homem, com sua liberdade, pode resistir à Providência.
O
Alcorão diz: Deus traçou o destino dos homens: Ele distribuiu
diademas de acordo com sua vontade, beneficia a quem lhe apraz; Ele dispensa
ou retira tesouros a seu bel prazer (“Alcorão”, 247).
A
Índia forneceu, com o Djainismo e com o Budismo, uma solução
possível, mas não comprovável. Após as soluções
teológicas é, entre as soluções metafísicas,
a que pode satisfazer ao maior número de espíritos.
Para
dar uma idéia do destino inexplicável de uma vida humana,
admite que esta vida não é senão um instante numa
sucessão de existências sem número e que se, conforme
a expressão de São Paulo, o homem colhe
o que semeou (Gálatas, VI, 7) – pelo menos o direito lhe
assiste de colher, numa vida, o que semeou numa anterior.
Na
Índia, é a doutrina do Karma, isto é, da ação
ou da causalidade. O homem, pelo exercício do Livre-Arbítrio
como se reduz e cria para si gradualmente fatalidades. A maneira como
vive, determina o que será sua vida no futuro; ao haver optado
por isso ou por aquilo, não tardará a ser fatalmente arrastado
pela corrente das determinações.
O
homem fabrica pois seu destino e este processo se escalona através
de vidas sucessivas, de tal forma que cada uma intimamente ligada ao que
a precede, comporta um grande número de acontecimentos inevitáveis:
“O desejo pelas coisas terrestres prende a alma ao mundo exterior
e a projeta para o ambiente onde os objetos serão mais fáceis
de se obter. Eis por que se diz que o homem nasce segundo seus desejos
(BRYHADARANYAKOPANISHAD, IV, IV, 5)”. Nessa doutrina o homem é
o próprio autor de seu destino: seus desejos conscientes passam
para o domínio do inconsciente e se tornam uma força de
realizações:
O
homem é uma criatura de reflexão; aquilo em que ele se concentra
nesta vida, será o que ele virá a ser no futuro (CHANDOSYOPANISHAD,
VI, XIV, 1).
Os
hindus distinguem, no que se constitui o destino dos homens, três
fatores:
-
o primeiro, Parabdna Karma, causalidade iniciada ou madura,
representa as tendências prestes a se manifestarem na vida atual
sob a forma de acontecimentos inevitáveis;
-
o segundo, Sanchita Karma, ou causalidade acumulada,
é constituída pela orientação da índole
e seus efeitos são suscetíveis de serem modificados pela
vontade do homem;
-
o terceiro, Kriyamana Karma, ou causalidade em curso
de fabricação, designa as tendências que o homem está
adquirindo e cujos efeitos não aparecerão, senão
num futuro distante.
A
doutrina do Karma é certamente a teoria mais elaborada
que a história das religiões e das filosofias nos tem fornecido
sobre o problema do destino humano, mas trata-se de uma doutrina de ordem
puramente metafísica, quando nossa época busca soluções
científicas.
Ora,
existe uma tendência moderna que situa o problema do destino sobre
bases desse gênero, sobre dados psicológicos. Pode-se afirmar
que foi Leibnitz quem primeiro teve essa intuição.
Ele sentiu que havia no cérebro uma região obscura onde
somos levados a acreditar que nada existe, mas donde partem muitas determinações
de nossa conduta. Ele compreendeu que na gênese de nosso destino,
os estímulos externos não são os mais importantes;
sua verdadeira importância decorre do seu valor subjetivo. O homem
não seria pois conduzido senão pelo seu próprio psiquismo
e em particular por esse psiquismo obscuro que chamamos atualmente de
inconsciente. Para Leibnitz – era a liberdade:
“Eu penso, escrevia ele a Burnet, que somos
mais livres do que imaginávamos. Nossa determinações
primitivas não surgem de forma alguma de fora”. Todavia,
tal liberdade pode igualmente ser considerada como uma escravidão.
Aliás, esse é também o pensamento de Ribot
que, repetindo idéias semelhantes, nos conduz ao que será
a concepção moderna do destino, fazendo apelos aos elementos
inconscientes. A volição é, para ele, um estado de
consciência final resultante da coordenação mais ou
menos complexa de um conjunto de estados subconscientes que, todos reunidos,
produzem um ato, uma solução. Tal volição
não constitui causa de nada.
O
“eu quero” constata uma situação mas não
a constitui; é um efeito, não uma causa (Ribot –
Les Maladies de La Volonté – 1983).
O
estudo metódico do insconsciente, devia dar novos relances sobre
o problema do destino, mostrando o determinismo de nossa conduta, aparentemente
livre, nas zonas obscuras do nosso psiquismo, diz o Dr. René
Allendy.
O
exame aprofundado dos fenômenos da sugestão e da hipnose
serviu a autores como Richet e Beaunis
para criticar o sentimento de liberdade e mostrar sua natureza ilusória.
Os ensinamentos de Charcot e de Bernheim
concernentes às substituições experimentais –
de vontade e seus processos inconscientes abriram caminho para a obra
de Freud, e hoje as aquisições psicanalíticas
lançam sobre o problema do destino luzes tais que o mecanismo deste
parece, de maneira considerável, revelar seu segredo.
A
exploração sistemática do inconsciente, graças
à descoberta de um método apropriado, revelou um campo psicológico
de uma riqueza que os Leibnitz e os Ribot
ignoravam, não obstante terem imaginado. Ultimamente se pode perceber
sua extrema vastidão. A psicanálise, ao descobrir as forças
em ação no domínio inconsciente, pôde constatar
sua ação sobre o comportamento dos indivíduos. O
problema do destino se acha assim transportado para um novo terreno e
pode receber novas soluções.
Depois
de termos ouvido o que pensam os filósofos e os psicólogos
e o que dizem as principais religiões, formulo a seguinte indagação:
E o que pensamos nós?
Enquanto
vocês amadurecem suas reflexões, tentarei externar a minha
conclusão:
Sou
dos que conciliam a onipotência de Deus e a responsabilidade humana
e que o homem, como rei da criação, deve ser livre para
poder desempenhar um papel importante e destarte ser responsável
pelos seus atos.
Em
sendo responsável pelos seus atos, pelo exercício do Livre-Arbítrio,
ele tece o seu destino. É a sua maneira de viver que vai determinar
o que será sua vida no futuro, seja em uma única existência,
como ensina a Igreja Católica, Apostólica, Romana, seja
em vidas sucessivas, como pregam o Djainismo e o Budismo, com a doutrina
do Karma.
E
vocês poderiam objetar: e o que dizer das diferenças individuais
motivadas pelas heranças biológicas? Ora, é sabido
que não nascemos com as mesmas características, índoles,
potencialidades e aptidões e nisso reside a complexidade do enigma
que me deixa perplexo, máxime no que tange à mensuração
da responsabilidade individual.
A
crença no escalonamento de vidas sucessivas que comporiam uma existência,
facilita a compreensão das heranças biológicas, no
que concerne à responsabilidade dos indivíduos, mas não
passa de um argumento de ordem puramente metafísica.
Admitir
a apuração da responsabilidade individual em uma única
existência, pertence ao domínio da fé e encontra como
respaldo a parábolas dos talentos pela qual a responsabilidade
é relativa e proporcional ao que cada um tenha recebido. Exigir-se-á
mais de quem recebeu e menos ou quase nada, de quem menos ou quase nada
tenha recebido e isto para atender a lei da desigualdade que preside a
tudo e a todos, para o equilíbrio do Cosmos.
Feita
a ressalva da herança biológica, a mim me parece não
existir uma fatalidade gratuita, um determinismo a priori; o que existe
de fato é a Lei inexorável da causalidade, pelo qual o homem
na tecedura do seu destino, se cria gradualmente fatalidades.
E
como? É que existem leis físicas, psíquicas e de
outras ordens que presidem os atos do homem e a todos os comportamentos
da Natureza e de maneira inexorável. Eis por que, quando agimos
de tal maneira, somos arrastados por correntes energéticas que
nos levam fatalmente a tal ou tal efeito como, ao apertarmos um botão
ou tecla, teremos sempre e fatalmente o mesmo resultado, mas não
se trata de uma fatalidade “a priori”; nós é
que acionamos o dispositivo que sensibilizou tal ou tal Lei e conseqüentemente
seu mecanismo; é como se juntássemos o inflamável
a uma centelha; o efeito “fatal” seria a explosão.
Com
efeito, a todo instante somos levados a tomar decisões e, quando
essas decisões são orientadas no mesmo sentido, tornam-se
um hábito, gerando então um automatismo. Ora, como tudo
que pensamos ou executamos correta ou negligentemente permanece gravado
no nosso córtex cerebral, a repetição, segundo os
psicólogos, cria estereótipos dinâmicos condicionadores
de nossa conduta. Daí por diante passamos a ser vítimas
da Lei da Causalidade e somos arrastados pela corrente das determinações,
uma vez que, pelos nossos atos, tecemos o nosso destino e organizamos
a programação do mais aperfeiçoado computador eletrônico,
o cérebro.
Ora,
pela Lei da Reflexologia, todas as vezes que nosso cérebro se depara
com situações iguais ou semelhantes, o circuito nervoso
será acionado e teremos a mesma resposta, o mesmo procedimento,
por causa do automatismo anteriormente fixado.
E
daí, às vezes, nós nos surpreendemos com a indagação:
Onde estava eu com a cabeça para assim ter agido? É que
nos esquecemos do mecanismo da Lei da Reflexologia agindo sobre nossos
reflexos anteriormente fixados.
Eis
razões imperiosas para que ajamos sempre corretamente para não
nos tornarmos escravos das leis inexoráveis da Natureza. E isso
porque, se pela nossa negligência, se pela nossa comodidade criarmos
maus hábitos, para deles nos libertarmos, só conseguiremos
ou por intervenção sobrenatural ou por um esforço
consciente de uma vontade férrea ou por um processo de reeducação;
esse processo de reeducação consiste na elaboração
de novas atitudes, de novos automatismos que se fixarão paralelamente
aos já anteriormente fixados no córtex cerebral, formando
novo circuito, nova programação. E mesmo assim, temos que
continuar vigilantes, porque nada se apaga em nosso inconsciente, o que
vale dizer que, a qualquer momento e em condições favoráveis,
a programação anterior poderá prevalecer sobre o
novo circuito e voltamos a viver o esquema anterior.
Destarte,
as leis físicas, psíquicas e de outras ordens existem para
o próprio equilíbrio e bem-estar do Cosmos e das criaturas
e quem ousar desafiá-las, vítima será de suas conseqüências.
Portanto,
a meu ver, não existe, para a criatural racional, um determinismo
gratuito. E é melhor que assim seja, porque, do contrário,
se a predestinação existisse, a tendência geral seria,
por certo, cruzarmos os braços, nada fazermos e aguardarmos o desenrolar
passivo dos acontecimentos.
Ora,
o homem, no afirmar de Rui Barbosa, não o criou
Deus para a imobilidade, para a inércia nativa
à matéria, senão para a vida, para o movimento, para
o progresso.
Agora...
o que pensam vocês?
(Fonte: Revista “A Trolha”, Ano XXXIII, nº 209, Março/2004,
p. 26-29.)
Professor
Rosier e Fernando Cruz, em Salvador-BA, a 6 de março de 2007.
*.
Nasceu
em Mombaça-CE, de fato a 3 de janeiro de 1930, mas o registro de
nascimento constou 31 de janeiro de 1930, que passou a ser a data legal, e faleceu em Salvador-BA, a 1º de novembro de 2012, aos 82 anos de idade.
Filho de Eliziário Silvestre da Silva e de Maria Amélia
da Silva. Casou-se com a Sr.ª Avany Ribeiro da Silva, tendo 7 filhos.
O casamento eclesiástico ocorreu em São Félix-BA,
a 8 de dezembro de 1952 e o casamento civil ocorreu em Cachoeira-BA, a
19 de julho de 1953, municípios do Recôncavo baiano. Foi
seminarista, estudando no convento de São Francisco de Canindé-CE
e no Seminário Arquidiocesano de Fortaleza-CE, no período
de 1944 a 1951. Formado em Letras Neolatinas e Psicologia Geral pela Universidade
Católica de Salvador (UCSAL), o professor Rosier foi convidado pelo
Itamaraty e enviado pelo Ministério das Relações
Exteriores, para, junto à Embaixada do Brasil no Senegal, dirigir
o Leitorado Brasileiro na Universidade de Dakar onde lecionou por quatro
anos, Língua Portuguesa, Literatura e Civilização Brasileira,
sendo ainda possuidor de diplomas e certificados da Universidade de Paris
- Sorbonne e tendo aquela renomada instituição de ensino
aceitado a sua inscrição para defesa de tese de doutorado (Doctorad
d’Université), a qual não foi concluída. O ex-deputado federal Marcelo Caracas Linhares (1924-2007) fez uma citação ao
professor Francisco Rosier da Silva à página 15 do seu livro “De
Mombaça à Mombasa”, publicado em 1976, que discorre
sobre uma viagem oficial do governo brasileiro, de caráter comercial,
realizada pelo então deputado federal e outros parlamentares ao continente africano:
“Por uma coincidência feliz, ao desembarcar em Dakar, encontrei
o Professor Francisco Rosier da Silva, filho de Mombaça, e que
ali se encontrava em missão da Universidade da Bahia. Sua presença
- relembrando a minha terra e a minha gente - foi um tônico a nos
mostrar que a Pátria distante em nós confiava a perfeita
execução de nossa missão, que deveria ser cumprida
até Mombasa, porto do Quênia, no Índico, último
dos lugares em que visitamos”. O professor Francisco Rosier da Silva
era membro da Academia Maçônica de Letras da Bahia (AMALBA),
tendo sido justamente agraciado pela Câmara Municipal
de Salvador com o título de Cidadão da Cidade do Salvador
e com a outorga da Medalha Thomé de Souza, que é concedida a pessoas que tenham prestado relevantes serviços ao município de Salvador.
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