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Padre Sarmento de Benevides: poder e política nos sertões de Mombaça (1853-1867)
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Padre Sarmento de Benevides: poder e política nos sertões de Mombaça (1853-1867)
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BENTO FERREIRA MARQUES BRASIL

BIOGRAFIA

 


Bento Ferreira Marques Brasil (1809?-1867), capitão Bento Brasil.

Bento Ferreira Marques Brasil nasceu em Mombaça-CE, então povoação de Maria Pereira, pertencente à vila de Quixeramobim, em 17 de agosto de 1809, e faleceu em Boa Vista-RR, em 3 de fevereiro de 1867, aos 57 anos de idade. Foi casado com a Sr.ª Ana Cecília Rodrigues Brasil (?-1877) com quem teve sete filhos: Carolina, Theodoro Bento, Adolpho, Philomena, Adélia, Amália e Eliza. Era filho de Raimundo Pereira da Silva e de Tomásia Ferreira Marques, tetraneto de Maria Pereira da Silva (uma das primeiras habitantes e fundadora da cidade de Mombaça), sobrinho de Pedro Ferreira Marques e bisneto do capitão português Pedro da Cunha Lima, respectivamente, nonavó paterna, pentavô paterno e pentavô materno do editor deste site. Teve um irmão, Leonardo Ferreira Marques (Barão de São Leonardo) e um meio-irmão, Raimundo Ferreira Marques, que era pai de José Ferreira Marques Brasil (velho Zuza do Riacho Verde) e de Antônia Ferreira Marques (que foi casada com Francisco Aderaldo de Aquino, bisavós maternos do ex-governador do Estado do Ceará Plácido Aderaldo Castelo).

Segundo Augusto Tavares de Sá e Benevides, em "Mombaça: biografia de um sertão": "No posto de Alferes, tomou parte ativa nas revoluções e lutas políticas do Ceará, nos primeiros tempos do Império. Amigo devotado do Senador Alencar, por amor de quem era capaz de todos os desvarios e ao lado do qual pelejara, em Sobral, com inaudita coragem." Diz ainda: "Era conhecido pela sua bravura e lealdade aos seus princípios políticos e aos correligionários."

Em 1846, no posto de alferes, comandou a Guarda Nacional da vila de Sobral-CE, participando ativamente da perseguição a alguns integrantes da família Mourão que eram responsáveis por uma série de crimes como assassinatos, lesões corporais e saques.

Participou da Guerra do Prata (1851-1852), também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, e foi promovido a capitão por ato de bravura na batalha de Morón ou de Monte Caseros, em 3 de fevereiro de 1852.

O capitão Bento Brasil foi designado por ato de Dom Pedro II, comandante do Forte de São Joaquim, em Roraima, posição avançada das Forças Armadas portuguesas no Brasil, incumbidas de garantir a posse destas terras. Ali chegou, em 1852, à frente de um reforço militar que fez retroceder invasores ingleses que fincavam marcos divisórios na foz do rio Surumu, onde já haviam hasteado uma bandeira inglesa.

O capitão Bento Brasil foi desempenhar sua função e ficou lá. Constituiu família e deixou, desde então, na consciência de seus familiares, o amor pela terra e o vínculo com o seu desenvolvimento. Tornou-se fazendeiro da região, de cujos núcleos criatórios vaqueiros era um sócio na procriação. Geraram-se muitos fazendeiros. Seguidamente, em vários pleitos eleitorais, a candidatura ao cargo de deputado estadual da Assembleia Legislativa do Amazonas, recaiu na pessoa do seu filho coronel Theodoro Bento Ferreira Marques Brasil.

Seus netos, Jaime e Adolfo Brasil, sempre estiveram presentes aos acontecimentos marcantes da transformação de Roraima. O seu neto Dr. Aluízio Marques Brasil foi prefeito municipal de Manaus-AM no período de 1953/1955. O seu neto Adolfo Brasil e o seu bisneto Olavo Brasil, foram prefeitos de Boa Vista, capital de Roraima, e o seu trineto Olavo Brasil Filho, foi prefeito, por duas vezes, do município de Bonfim-RR. Outro trineto, por nome Vicente Adolfo Brasil (conhecido como Gute Brasil), também foi prefeito, por duas vezes, do município de Normandia-RR. Jaime Brasil dá nome à principal avenida de Boa Vista. Bento Brasil e Adolfo Brasil dão nomes a ruas da capital roraimense.

(Fontes: BENEVIDES, Augusto Tavares de Sá e. Mombaça: biografia de um sertão. Fortaleza: Imprensa Oficial do Ceará, 1980; COSTA SOBRINHO, Manuel. Minha árvore genealógica. Fortaleza: [sine nome], 1997; MACEDO, Nertan. O bacamarte dos Mourões. Fortaleza: Instituto do Ceará, 1966; MIRANDA, Alcir Gursen de. Forte de São Joaquim do Rio Branco. Belém: Graficentro, 1993; TITÁRA, Ladislau dos Santos. Memórias do grande exército aliado libertador do sul da América. Rio de Janeiro: Gráfica Laemmert, 1950.)

 


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