BENTO
FERREIRA MARQUES BRASIL
BIOGRAFIA
Bento Ferreira Marques Brasil (1809?-1867), capitão
Bento Brasil.
Bento
Ferreira Marques Brasil nasceu em Mombaça-CE, então povoação
de Maria Pereira, pertencente à vila de Quixeramobim, em 17 de agosto de 1809, e faleceu em Boa Vista-RR, em 3 de fevereiro de 1867,
aos 57 anos de idade. Foi casado com a Sr.ª Ana Cecília Rodrigues Brasil (?-1877) com quem teve sete filhos: Carolina, Theodoro Bento, Adolpho, Philomena, Adélia, Amália e Eliza. Era filho de Raimundo Pereira da
Silva e de Tomásia Ferreira Marques, tetraneto de Maria Pereira
da Silva (uma das primeiras habitantes e fundadora da cidade de Mombaça),
sobrinho de Pedro Ferreira Marques e bisneto do capitão português Pedro da Cunha Lima, respectivamente, nonavó paterna, pentavô paterno e pentavô materno do editor
deste site. Teve um irmão, Leonardo Ferreira Marques (Barão de São Leonardo) e um meio-irmão, Raimundo Ferreira Marques, que era pai de José Ferreira Marques Brasil (velho Zuza do Riacho Verde) e de Antônia Ferreira Marques (que foi casada com Francisco
Aderaldo de Aquino, bisavós maternos do ex-governador do Estado
do Ceará Plácido Aderaldo Castelo).
Segundo
Augusto Tavares de Sá e Benevides, em "Mombaça: biografia
de um sertão": "No posto de Alferes, tomou parte ativa
nas revoluções e lutas políticas do Ceará,
nos primeiros tempos do Império. Amigo devotado do Senador Alencar,
por amor de quem era capaz de todos os desvarios e ao lado do qual pelejara,
em Sobral, com inaudita coragem." Diz ainda: "Era conhecido
pela sua bravura e lealdade aos seus princípios políticos
e aos correligionários."
Em
1846, no posto de alferes, comandou a Guarda Nacional da vila de Sobral-CE,
participando ativamente da perseguição a alguns integrantes
da família Mourão que eram responsáveis por uma série
de crimes como assassinatos, lesões corporais e saques.
Participou
da Guerra do Prata (1851-1852), também conhecida como Guerra contra
Oribe e Rosas, e foi promovido a capitão por ato de bravura na
batalha de Morón ou de Monte Caseros, em 3 de fevereiro de 1852.
O
capitão Bento Brasil foi designado por ato de Dom Pedro II, comandante
do Forte de São Joaquim, em Roraima, posição avançada
das Forças Armadas portuguesas no Brasil, incumbidas de garantir
a posse destas terras. Ali chegou, em 1852, à frente de um reforço
militar que fez retroceder invasores ingleses que fincavam marcos divisórios
na foz do rio Surumu, onde já haviam hasteado uma bandeira inglesa.
O
capitão Bento Brasil foi desempenhar sua função e
ficou lá. Constituiu família e deixou, desde então,
na consciência de seus familiares, o amor pela terra e o vínculo
com o seu desenvolvimento. Tornou-se fazendeiro da região, de cujos
núcleos criatórios vaqueiros era um sócio na procriação.
Geraram-se muitos fazendeiros. Seguidamente, em vários pleitos
eleitorais, a candidatura ao cargo de deputado estadual da Assembleia
Legislativa do Amazonas, recaiu na pessoa do seu filho coronel Theodoro
Bento Ferreira Marques Brasil.
Seus
netos, Jaime e Adolfo Brasil, sempre estiveram presentes aos acontecimentos
marcantes da transformação de Roraima. O seu neto Dr. Aluízio
Marques Brasil foi prefeito municipal de Manaus-AM no período de
1953/1955. O seu neto Adolfo Brasil e o seu bisneto Olavo Brasil, foram
prefeitos de Boa Vista, capital de Roraima, e o seu trineto Olavo Brasil
Filho, foi prefeito, por duas vezes, do município de Bonfim-RR.
Outro trineto, por nome Vicente Adolfo Brasil (conhecido como Gute Brasil), também foi prefeito, por duas vezes, do município de Normandia-RR. Jaime Brasil dá nome à principal avenida
de Boa Vista. Bento Brasil e Adolfo Brasil dão nomes a ruas da
capital roraimense.
(Fontes:
BENEVIDES,
Augusto Tavares de Sá e. Mombaça: biografia de um
sertão. Fortaleza: Imprensa Oficial do Ceará, 1980;
COSTA SOBRINHO, Manuel. Minha árvore genealógica.
Fortaleza: [sine nome], 1997; MACEDO,
Nertan. O bacamarte dos Mourões. Fortaleza: Instituto
do Ceará, 1966; MIRANDA, Alcir Gursen de. Forte de São
Joaquim do Rio Branco. Belém: Graficentro, 1993; TITÁRA,
Ladislau dos Santos. Memórias do grande exército
aliado libertador do sul da América. Rio de Janeiro: Gráfica
Laemmert, 1950.)
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