MARIA
DA GLÓRIA SÁ ROSA
BIOGRAFIA
O teatro, a música e a literatura, assim como o casamento,
os filhos e uma das maiores paixões de Maria da Glória Sá
Rosa: a docência. Temas que se entrelaçam e formam a vida
da grande professora e agitadora cultural.
Professora
e escritora. Nasceu em Mombaça, Ceará, no dia 4 de novembro
de 1927, filha de Tertuliano Vieira e Sá e de Cleonice Chaves e
Sá, tendo ido criança para Campo Grande, onde residia desde
1939 e faleceu em 28 de julho de 2016, aos 88 anos de idade.
Graduou-se
em Línguas Neo-Latinas na Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Participou em 1961 da fundação e instalação
dos primeiros cursos superiores de Campo Grande, na Faculdade Dom Aquino
de Filosofia, Ciências e Letras (FUCMT), embrião da Universidade
Católica Dom Bosco (UCDB), onde lecionou durante 17 anos.
Ali criou o Teatro Universitário Campo-grandense (TUC) e a revista
Estudos Universitários. Foi coordenadora do Curso de Letras no
qual promoveu diversos cursos e semanas literárias. Coordenou diversos
festivais de teatro e de música em Campo Grande e produziu os programas
Intercomunicação na TV Morena e Mensagem ao Mundo Feminino
na Rádio Educação Rural.
Em
1967 começou a trabalhar na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),
onde chefiou vários de seus organismos culturais, promovendo exposições
de artes plásticas, ciclos de conferências, cursos literários
e o Projeto Prata da Casa, tendo sido responsável pela edição
do disco de mesmo nome. Foi presidente da Fundação de Cultura
de Mato Grosso do Sul e do Conselho Estadual de Cultura, onde atuou durante
20 anos.
Era
professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),
membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL) e da Associação
Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Foi fundadora da Aliança
Francesa de Campo Grande e do Cine Clube de Campo Grande.
Publicou
as obras: Cultura, Literatura e Língua Nacional (1976) em parceria
com Albana Xavier Nogueira; Memória da Cultura e da Educação
em Mato Grosso do Sul (1990), acompanhada de vídeo; Memória
da Arte em Mato Grosso do Sul (1992), em parceria com Idara Duncan e Maria
Adélia Menegazzo, acompanhada de vídeo; Deus Quer, o Homem
Sonha, a Cidade Nasce (1999); Crônicas de Fim de Século (2001),
Contos de Hoje e Sempre: Tecendo Palavras (2002); Artes Plásticas
em Mato Grosso do Sul (2005), em parceria com Idara Duncan e Yara Penteado;
A Música em Mato Grosso do Sul (2009), em parceria com Idara Duncan
e A Literatura Sul-mato-grossense sob a ótica de seus construtores
(2011), em parceria com Albana Xavier Nogueira. Além de nove livros,
publicou centenas de artigos sobre cultura nos jornais locais e fez inúmeras
conferências sobre educação e cultura em todo o Estado,
prefácios para autores de Mato Grosso do Sul e apresentações
de catálogos de arte.
Foi
Assessora Cultural do Centro de Educação Integrada (CEI)
em Campo Grande. Recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em 2007 e pela Universidade
Católica Dom Bosco (UCDB), em 2012. Foi casada durante 56 anos com o engenheiro
agrônomo e pecuarista José Ferreira Rosa, falecido em 4 de
junho de 2008, com quem teve quatro filhos: José Carlos, José
Boaventura (falecido), Luiz Fernando e Eva Regina e sete netos: André,
Amanda, Paloma, Luiz Henrique, Maria Rita, Gabriel e Maria Thereza. A
professora Glorinha é considerada ícone da educação
e da cultura de Mato Grosso do Sul.
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