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CARTAS

EXAGERO*

 

Fernando Antonio Lima Cruz - Mombaça-Ce

A revista Veja, nº 991, traz como reportagem de capa o medo da crise militar desencadeada no pronunciamento do ministro do Exército, general Leônidas Pires, contra os trabalhos da Constituinte. O temor do ministro reflete-se na possibilidade de uma Constituição de moldes esquerdistas que não corresponderia, segundo ele, aos desejos da maioria do povo brasileiro, que é moderada.

Por outro lado, em outra matéria, mostra-se a impunidade das atrocidades cometidas por militares contra subalternos aquartelados. Um lado que dificilmente chega ao conhecimento dos civis, pois forma-se uma espessa cortina que não deixa frestas. Entre outros atos de violência durante uma bateria de exercícios realizada no 19º Batalhão Logístico do Exército, no Rio de Janeiro, soldados foram obrigados a mergulhar a cabeça dentro da água e gritar - imersos - “O Brasil acima de tudo”; outros foram pendurados numa árvore, de cabeça para baixo, amarrados pelos pés; e ainda outros seis foram obrigados a formar uma ponte humana sobre um córrego para que um oficial atravessasse.

Atrocidades estas que são tidas como adestramento e treinamento dos soldados mas que, verdadeiramente, ultrapassa o limite do rigor e torna-se pura violência.

Tudo isto em nome de conceitos e da liberdade que foram usurpados durante os anos de regime militar por um exército que teve o mesmo triste destino dos demais exércitos latino-americanos: o de estar preparado mais para combater seu próprio povo do que inimigos externos.

*Publicada na seção Cartas, do jornal Diário do Nordeste (Fortaleza-Ce), em 10/09/1987


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