EDITORIAL
2006
Ensina
o historiador J. HONÓRIO RODRIGUES que a “biografia nos seus
métodos, na sua compreensão e narrativa é também
história de uma única vida em suas crenças, seus
sentimentos, suas decisões, erros e virtudes.” (1)
Nós
temos o objetivo, sem tratar de uma única, de reunir muitas vidas,
fazendo com elas a biografia de um antigo município cearense que,
na amplitude de sua formação no tempo e no espaço,
caracteriza o Sertão de Mombaça.
A
preservação da memória se faz necessária para
que as futuras gerações conheçam o seu passado e
possam, a partir daí, construir o futuro, espelhando-se nos seus
antepassados, através dos hábitos do seu povo, suas crenças,
seus sentimentos, modos de pensar, suas decisões, erros e virtudes.
No
ano de 2006, estaremos comemorando o centenário de nascimento de
um dos mais ilustres mombacenses, o ex-Prefeito Municipal de Fortaleza
(1945/1946) e ex-Governador do Estado do Ceará (1966/1971), ,
jurista, político, educador e intelectual, não necessariamente
nesta mesma ordem.
Nós
mombacenses, devemos muito a Plácido Aderaldo Castelo. Só
para enumerar algumas obras do seu governo, podemos citar: o Hospital
e Maternidade Antonina Aderaldo Castelo; a Escola de 1º Grau Ananias
do Amaral Vieira; o antigo Colégio Agrícola de Mombaça,
hoje levando o seu nome e transformado em instituição de
ensino médio, mas que, durante muitos anos foi uma referência
no ensino técnico profissionalizante no Estado do Ceará,
formando técnicos em agropecuária; a eletrificação
da cidade de Mombaça, através das linhas de Paulo Afonso,
inaugurada na administração do então prefeito ;
a instalação da agência do Banco do Estado do Ceará
- BEC; a construção da Estrada do Algodão (CE-060)
que facilitou o escoamento da produção de algodão,
o então “ouro branco” da economia cearense, e o acesso
a Fortaleza, beneficiando diretamente a cidade de Mombaça.
Em
homenagem ao seu centenário de nascimento, estou realizando uma
pesquisa documental sobre Mombaça e seus filhos ilustres, para
fins de publicação de um livro.
Caso
você tenha interesse e possa acrescentar alguma informação
importante sobre o assunto pesquisado, por favor, responda para .
O
conhecimento permite ver mais longe!
“Meu
pai contou para mim; eu vou contar para meu filho. Quando ele morrer?
Ele conta para o filho dele. É assim: ninguém esquece.”
(Kelé Maxacali, índio da aldeia de Mikael, Minas Gerais,
1984).
Saudações,
Fernando
Cruz
(1)
RODRIGUES, José Honório. Teoria da história do Brasil:
introdução metodológica. São Paulo: Cia. Ed.
Nacional, 1969. p. 146.
|