ENFOQUE
DIAS DE INFLAÇÃO, DESEMPREGO, VIOLÊNCIA E INCOMPETÊNCIA
- TEMPOS DE DILMA
Raugir Lima Cruz*
A
situação do país se agrava a cada dia. As previsões
são as piores possíveis para os próximos anos. Enquanto
isso, a presidente Dilma, responsável primeira por destroçar
a economia do país, aparece vez por outra pregando que “tudo
vai ficar bem, basta acreditar”. Acreditar em que ou em quem? Nela?
A falta de humildade
da presidente em reconhecer sua culpa na destruição da saúde
financeira do país é patente ao insistir em botar a culpa
em tudo e qualquer coisa que não seja sua administração.
Sabemos os anos e sofrimentos
pelos quais atravessamos até a conquista da estabilidade econômica
e o controle da inflação. Já existia até pouco
tempo uma geração desconhecedora das mazelas da inflação.
Foram incontáveis
planos econômicos frustrados até a conquista do tão
sonhado equilíbrio econômico e controle da inflação,
para em quatro anos essa presidente que exige (de forma ridícula)
ser chamada de presidenta destruir um trabalho que se provou eficaz.
Dias difíceis
virão, em especial para os mais pobres. A inflação
já corrói as finanças de todos que dirá dos
que recebem salário mínimo, dos que recebem benefícios
sociais como o bolsa família. Exatamente a massa popular que a
presidente (e seu antecessor) propaga ter sido retirada da pobreza e levada
para a classe média.
Já
na década de 1990, políticos como o na época Primeiro
Ministro da Espanha, Felipe Gonzalez, já defendia: “o melhor
caminho para sair da pobreza é o trabalho”. Por sua vez,
o jurista e político Franco Montoro, já falecido, escreveu:
“A substituição do ‘paternalismo’ pela
‘participação’ é um imperativo da moderna
política social”.
A
mais eficaz participação social é através
do trabalho. É o trabalho que traz dignidade ao homem. E a pedra
fundamental, o princípio maior da Constituição Federal
de 1988 é exatamente o “princípio da dignidade da
pessoa humana”.
Contudo,
na contramão dessas ideias e por incompetência comprovada
pela situação do país, a presidente e seu partido
lega a todos, desemprego, inflação alta, aumento da violência
e tantas outras mazelas que atormentam cidadãos e cidadãs
pelo Brasil afora. Defender essa administração é
avalizar a incompetência, a corrupção, a mentira,
a violência, o desemprego, a inflação.
O
Brasil levou anos até conquistar a estabilidade econômica.
Certamente, levará outros tantos anos para sair da situação
desgraçada em que a incompetência o colocou.
Já
disseram que “a verdade é filha do poder”. Entretanto
essa verdade só se sustenta até o poder mudar de titular.
Prefiro acreditar, como o dramaturgo Bertold Brecht que “a verdade
vem do tempo”.
(Publicado
no jornal ,
Ano XL, nº 169, Setembro/2015).
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*Raugir
Lima Cruz. Oficial de Justiça da Comarca de Quixelô-CE.
É mombacense de Senador Pompeu, Ceará, onde nasceu no
dia 15 de janeiro de 1966, filho de Etevaldo Lima Cruz e de Francisca
Zeneida Lima Cruz. Graduou-se em Pedagogia na Faculdade de Educação,
Ciências e Letras de Iguatu - FECLI. É bacharel em Direito
e pós-graduado em Direito Penal e Criminologia pela Universidade
Regional do Cariri - URCA. Obteve o 2º lugar no Concurso Literário
Rachel de Queiroz, promovido em 2006 pelo Fórum Clóvis
Beviláqua em comemoração aos 30 anos da sua biblioteca,
com a crônica .
A sua crônica foi publicada na coletânea “Sertão:
olhares e vivências” com os dez trabalhos classificados
no referido concurso. No dia 18 de dezembro de 2007 recebeu o título
de cidadão quixeloense concedido pela Câmara Municipal
de Quixelô. É autor dos artigos "Uma análise principiológica e legal das interceptações telefônicas: a produção probatória à luz do princípio da proibição da proteção deficiente", publicado na edição nº 87, ano XIV, abril/2011, da Revista Âmbito Jurídico e “A aplicação da Willful Blindness Doctrine na Lei 9.613/1998: A declaração livre e a vontade consciente do agente”, publicado no volume nº 9, edição 2011, da Themis, revista científica da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (ESMEC).
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