HISTÓRIA
OS
BESTIALIZADOS: MOMBAÇA E A DITADURA QUE NÃO FOI (1964-1985)*
Resumo:
O presente trabalho tem o objetivo de demonstrar que os efeitos nefastos
da ditadura civil-militar brasileira, ocorrida no período de 1964
a 1985, passaram ao largo do imaginário da população
do município cearense de Mombaça. Por outro lado, o município
viveu o seu “milagre econômico” em decorrência
das obras estruturantes realizadas no referido período, principalmente
na gestão do governador do Estado do Ceará, Plácido
Aderaldo Castelo (1966-1971), natural de Mombaça, primeiro governador
cearense eleito por via indireta pela “revolução”
de março de 1964.
Abstract:
This paper aims to demonstrate that the adverse effects of civil-military
dictatorship in Brazil, in the period 1964 to 1985, passed off the imaginary
of the city population Ceará Mombasa. Moreover, the city experienced
its "economic miracle" as a result of structural works carried
out in that period, particularly in the management of the state governor
of Ceará, Placido Aderaldo Castelo (1966-1971), born in Mombasa,
the first elected governor of Ceara by an indirect way by the "revolution"
of March 1964.
INTRODUÇÃO
Segundo
o jurista, abolicionista, político e jornalista republicano, Aristides
da Silveira Lobo, considerado um dos pais da República brasileira,
em artigo publicado no Diário Popular, de 18 de novembro
de 1889: “O povo assistiu àquilo bestializado, atônito,
surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente
estar vendo uma parada.”
Nos
apropiamos da frase em que o célebre jornalista republicano exprimiu
o seu desapontamento com a forma pela qual foi proclamado o novo regime
e que serviu de título para a obra do historiador José Murilo
de Carvalho, para demonstrar, neste artigo, a aceitação
popular e o próprio desconhecimento da população
das pequenas cidades, das atrocidades cometidas pela ditadura civil-militar
brasileira, especificamente no município cearense de Mombaça.
A “revolução”
de março de 1964 contra o governo João Goulart ficou caracterizada
pela contingência. Jango foi deposto não por seus erros,
mas por suas virtudes: não curvou-se ante a supremacia norte-americana,
tornando-se assim numa ameaça para os interesses dos Estados Unidos
na América Latina.
Para manterem-se no
poder, os governos civis-militares utilizaram de todos os métodos
e armas que tinham ao alcance das mãos: desde a censura à
imprensa, até a cassação do mandato de políticos
que se opunham ao regime e exílio de políticos e artistas
famosos, chegando à prisão, tortura e morte de centenas
de cidadãos brasileiros, métodos muito insípidos
de repressão ao descontentamento popular nas grandes cidades brasileiras.
Com a decretação
do Ato Institucional nº 3 (AI-3), em 3 de fevereiro de 1966, o governador
e o vice-governador dos Estados passaram a ser eleitos por meio do voto
indireto, ou seja, os deputados estaduais elegiam os chefes do poder executivo
de suas respectivas unidades federativas.
O último governador
do Estado do Ceará eleito por via direta, antes do golpe civil-militar
de março de 1964, foi o coronel Virgílio Távora,
eleito em 1962 pela União pelo Ceará, “um
movimento no qual as elites políticas conservadoras cearenses,
ligadas ao PSD e à UDN, uniram-se com o interesse de barrar a ascensão
de novas forças políticas no Estado.” (1)
A vitória da
União pelo Ceará foi esmagadora: elegeu 43 dos
64 deputados estaduais e 15 dos 21 deputados federais. O governador Virgílio
Távora e o seu vice, Joaquim Figueiredo Correia, não concluiram
os seus mandatos, pois renunciaram aos mesmos, para pleitearem uma vaga
na Câmara Federal, nas eleições legislativas de 15
de novembro de 1966. A gestão foi concluída pelo presidente
da Assembléia Legislativa, Franklin Gondim Chaves.
MOMBAÇA
NO PODER COM A ASCENSÃO DE PLÁCIDO ADERALDO CASTELO AO GOVERNO
DO ESTADO
Com a extinção
dos partidos políticos, em 27 de outubro de 1965, por força
do Ato Institucional nº 2 (AI-2), o governo federal em uma forma
de dar um aspecto “democrático” ao regime militar,
publicou em seguida novo ato complementar permitindo a criação
de três agremiações políticas. Para isso “era
necessário que cada uma delas contasse com a assinatura de 120
deputados federais e de 20 senadores para funcionar.” (2)
A real intenção,
por trás desta manobra, era a criação de apenas dois
partidos políticos: um governista forte e um oposicionista fraco.
Surgiram, então, a Aliança Renovadora Nacional (ARENA),
que seria o partido da aliança governista, e o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), reunindo o que restava das forças de oposição
ao governo militar.
Egresso de uma pequena
agremiação política, o Partido Social Progressista
(PSP), o deputado estadual Plácido Aderaldo Castelo, a contragosto
das forças políticas cearenses, foi indicado para suceder
o governador Virgílio Távora no comando do governo do Estado.
O
próprio governador Virgílio Távora em documento confidencial
em que trata da sua sucessão com o presidente da República,
marechal Humberto de Alencar Castello Branco, enumera as seguintes condições
político-administrativas do postulante a sucedê-lo: 1º
Pertencer o candidato à maior força ex-partidária
que se integrou na Arena; 2º Aglutinar, em torno de seu nome, a maioria
absoluta da Assembléia Legislativa; 3º Ter livre trânsito
nos meios políticos, administrativos e revolucionários;
4º Manter-se integrado com a orientação e diretrizes
dos Governos da República e do Estado, notadamente nas áreas
políticas e administrativas; 5º Não ser político
de posição radicalizada; 6º Assegurar o clima de paz
e tranquilidade implantado, no Ceará, pela atual Administração.
(3)
O
governador Virgílio Távora inicialmente indicara para sucedê-lo
os nomes de Gentil Barreira e do major Adauto Bezerra. No mesmo documento,
apesar de afirmar que não se trata de uma indicação
pessoal, demonstra a sua predileção pela candidatura de
Adauto Bezerra sob a justificativa “de vários fatores, políticos
e administrativos, reforçada pelo apoio de 38 deputados da Arena
dentre os 50 que compõem a sua Bancada Estadual, com francas possibilidades
de outros deputados, na Assembléia, dela virem a participar.”
(4)
Prevaleceu
a candidatura de Plácido Aderaldo Castelo, indicado pelo senador
Paulo Sarasate, sob o beneplácito do presidente Castello Branco.
Para vice, a ARENA indicou o general Humberto Ellery.
Segundo
LINHARES:
“As
forças que compunham o quadro partidário cearense não
desejavam, em 1966, a candidatura do Professor Plácido Castelo
ao Governo do Estado, tolerando-a porque ela contava com o patrocínio
máximo do então Presidente da República.”
(5)
Indiferentemente
aos acontecimentos ocorridos nos bastidores políticos e nos meios
de repressão aos opositores do regime civil-militar, o pequeno
município cearense de Mombaça, localizado no semi-árido
nordestino, foi beneficiado pela ascensão do seu filho, Plácido
Aderaldo Castelo, ao governo do Estado do Ceará.
Figura 1. Plácido Aderaldo Castelo
Tradicionalmente
a política local sempre foi caracterizada pela alternância
de poder de suas elites, notadamente representadas pelas famílias
Benevides, Vieira, Alencar, Castelo e Martins, que desde o século
XIX mantêm o poder político no município sob a égide
do bipartidarismo: conservadores e liberais, udenistas e pessedistas,
arenistas e emedebistas. Observa-se que não há uma disputa
ideológica, mas uma disputa política entre duas facções,
que não difere em sua essência: o projeto de poder político.
Na
gestão do governador Plácido Aderaldo Castelo (1966-1971),
impulsionado pelo espírito desenvolvimentista dos governos militares,
o município de Mombaça viveu um boom econômico
com obras estruturantes e a instalação de indústrias
de beneficiamento de algodão (impulsionadas pela produção
do “ouro branco” da economia cearense), além de indústrias
de destilação de aguardente de cana.
Figura 2.
O governador Plácido Aderaldo Castelo, o prefeito José Marques
de Sousa e o deputado estadual Paulo Feijó de Sá e Benevides,
respectivamente o 3º, o 4º e o 6º da esquerda para a direita,
em Mombaça, no lançamento da pedra fundamental da Escola
Integrada e Colégio Agrícola de Mombaça que foi criada
por meio do decreto nº 9.159, publicado no Diário Oficial
do Estado do Ceará de 30 de março de 1970.
Apesar
das dificuldades enfrentadas na sua gestão, decorrentes da limitação
de recursos (o Fundo de Participação foi uma criação
posterior ao seu governo), o que acarretou no freqüente atraso do
pagamento de salários dos funcionários públicos estaduais
(também atribuído à gestão anterior que transformou
o Estado num cabide de empregos, com o empreguismo de afilhados e apaniguados
políticos), de acordo com FARIAS:
“Entre
as realizações de Plácido citam-se a criação
do Banco de Desenvolvimento do Ceará (BANDECE), dando continuidade
à política de incentivos fiscais), a extensão da
rede elétrica a diversas cidades interioranas, a construção
e pavimentação de várias rodovias, como a estrada
do algodão (importante escoador da produção
interiorana) e a edificação de escolas, hospitais, açudes,
presídios e até do estádio Castelão.”
(6)
Além
da construção da CE-060, conhecida como Estrada do Algodão,
que beneficiou diretamente o município de Mombaça, ligando-o
à capital do Estado e facilitando o escoamento da produção
de algodão e de seus derivados como o óleo extraído
do caroço e o farelo, subproduto mais conhecido por torta e utilizado
na complementação de ração animal, o governador
Plácido Aderaldo Castelo favoreceu a sua terra natal com a construção
do Hospital e Maternidade Antonina Aderaldo Castelo, da Escola de 1º
Grau Ananias do Amaral Vieira, da Escola Integrada e Colégio Agrícola
de Mombaça (que tinha o objetivo de oferecer ensino de 1º
grau, da 5ª à 8ª série, atual ensino fundamental,
e ensino técnico profissionalizante, com a formação
de técnicos em agropecuária), com a criação
da agência do Banco do Estado do Ceará (a primeira instituição
bancária do município), com a eletrificação
da sede do município por meio da rede elétrica da usina
de Paulo Afonso (até então a cidade era provida de energia
elétrica gerada por motor à diesel), com a pavimentação
das ruas da cidade com paralelepípedo, entre outras obras.
A
ALTERNÂNCIA DO PODER LOCAL NA DITADURA CIVIL-MILITAR
Considerado,
de forma injusta, inábil politicamente, apesar da sua retidão
e firmeza de caráter, o governador Plácido Aderaldo Castelo,
que “nunca tinha candidatado-se a cargos executivos antes de ser
indicado governador do Ceará, como também não se
candidatou após deixar o governo do Estado” e nem deixou
herdeiros políticos, não elegeu o candidato à prefeito
da ARENA na eleição municipal de 15 de novembro de 1966.
Empossado
governador do Ceará, em 13 de setembro daquele ano, há apenas
dois meses na administração do Estado, provavelmente a eleição
municipal em Mombaça não sofreu a ingerência do governador
recém eleito e empossado.
Nas
primeiras eleições municipais ocorridas após o golpe
de 1964 (com exceção das capitais) em 15 de novembro de
1966, o MDB cearense elegeu os prefeitos de Mombaça e de mais 21
municípios, a saber: Aiuaba, Campos Sales, Canindé, Caridade,
Caririaçu, Guaraciaba do Norte, Ipueiras, Itapipoca, Itatira, Jaguaretama,
Jaguaribe, Maranguape, Martinópole, Mulungu, Pacoti, Poranga, Reriutaba,
Santana do Acaraú, Santa Quitéria, Tabuleiro do Norte e
Uruoca. Em Mombaça foi eleito José Marques de Sousa, correligionário
político do deputado estadual Francisco Castelo de Castro e do
deputado federal Antônio Paes de Andrade, ambos naturais do município
e que despontavam no cenário político estadual e nacional.
Isso
demonstra que, independentemente dos fatores políticos externos,
a disputa política municipal em Mombaça é marcada
pela polarização e pelo mandonismo local, onde duas facções
políticas buscam o seu espaço e alternam-se no poder, conforme
as alianças locais são estabelecidas.
QUADRO
1
PREFEITOS
MUNICIPAIS DE MOMBAÇA NO PERÍODO DE 1964 A 1985
PREFEITO |
PERÍODO |
PARTIDO |
José
Sidrião de Alencar Benevides (8) |
1963/1967 |
UDN |
José
Marques de Sousa |
1967/1971 |
MDB |
José
Sidrião de Alencar Benevides |
1971/1973 |
ARENA |
José
Valdomiro Távora de Castro |
1973/1977 |
ARENA |
Walderez
Diniz Vieira |
1977/1983 |
MDB |
José
Valdomiro Távora de Castro (9) |
1983/1989 |
PDS |
Esta
polarização política denota-se de forma tão
acentuada que, até meados da década de 1960, existiam dois
clubes sociais em Mombaça que não eram compartilhados pelos
mesmos freqüentadores. O Excelsior, inaugurado no dia 31 de julho
de 1948, que era freqüentado pelos correligionários da União
Democrática Nacional (UDN) e o Recreativo que era freqüentado
pelos correligionários do Partido Social Democrático (PSD).
O
regime militar entre as várias aberrações impostas
criou a “sublegenda” que permitia que antigos adversários
políticos da União Democrática Nacional (UDN) e do
Partido Social Democrático (PSD), de “ideologias diferentes”,
convivessem sob a mesma sigla partidária, com a criação
do bipartidarismo, em facções internas diversas.
A
eleição municipal de 15 de novembro de 1970 em Mombaça
apresentou um fato inusitado: teve 6 candidatos a prefeito (3 pela ARENA
e 3 pelo MDB), um recorde estabelecido e que se mantêm até
hoje. Foram candidatos pela ARENA: José Sidrião de Alencar
Benevides, tendo como vice-prefeito Anísio Mendes Cavalcante, eleitos
com 3.155 votos; Onofre Vieira dos Santos, tendo como vice-prefeito Severino
de Sousa Neto, que obtiveram 1.656 votos; José Pereira de Oliveira,
tendo como vice-prefeito Elias Lopes Cavalcante, que obtiveram 449 votos.
Total de votos sufragados a ARENA: 5.260 votos. Foram candidatos pelo
MDB: José Venício de Lima Martins, tendo como vice-prefeito
Paulo Sá Lima, que obtiveram 2.010 votos; Joaquim Assis de Queiroga,
tendo como vice-prefeito Antônio Aires Teixeira, que obtiveram 1.843
votos; Francisco Pinheiro Jota, tendo como vice-prefeito José Lindolfo
da Silva, que obtiveram 1.158 votos. Total de votos sufragados ao MDB:
5.011 votos.
Naquele
ano de 1970 a população mombacense sofria as conseqüências
causadas pelo fenômeno climático da “seca” que
de tempos em tempos assola o Nordeste brasileiro e continuava impassível
ao que ocorria nos bastidores da política nacional. Nem mesmo a
conquista do tricampeonato mundial de futebol pela Seleção
Brasileira, no México, era capaz de aplacar as agruras de uma população
predominantemente rural, com um alto índice de analfabetismo, dependente
das benesses dos chefes políticos locais e que tinha como principal
meio de comunicação, o rádio. A televisão
era um sonho de consumo para poucas famílias, prevalecendo a política
da boa vizinhança que permitia o compartilhamento do aparelho de
televisão, introduzindo na sociedade brasileira a figura do televizinho.
Figura 3.
José Marques de Sousa (à direita) transmitindo a José
Sidrião de Alencar Benevides o cargo de prefeito municipal de Mombaça,
em março de 1971.
Até
o final da ditadura civil-militar em 1985, ocorreram mais três eleições
municipais nos anos de 1972, 1976 e 1982, quando foram eleitos prefeitos
municipais de Mombaça, respectivamente, José Valdomiro Távora
de Castro (eleito pela ARENA), Walderez Diniz Vieira (eleito pelo MDB)
e, reconduzido para um segundo mandato, José Valdomiro Távora
de Castro (eleito pelo PDS).
Apesar
do fracasso do modelo econômico e do regime de 1964 encontrar-se
nos seus estertores, a dependência sócio-econômica
da população dos pequenos municípios, como Mombaça,
favorecia o fenômeno do clientelismo político, permanecendo
indiferente aos acontecimentos da política nacional.
CONCLUSÃO
Concluimos
que, os pequenos municípios brasileiros, a exemplo de Mombaça,
viveram um “mundo à parte” no tocante às atrocidades
cometidas pela ditadura civil-militar. A população, “bestializada”,
não tinha acesso aos meios de comunicação, por ignorância
ou por negação a esses meios, que eram restritos às
elites locais.
Particularmente,
Mombaça viveu o seu “milagre econômico” na gestão
do governador do Estado do Ceará, Plácido Aderaldo Castelo,
com as obras estruturantes tocadas por seu governo e que, de certo modo,
impulsionaram o município até então dependente do
vizinho município de Senador Pompeu.
A
economia do município que tinha como sua principal fonte de renda
a produção algodoeira e seus derivados, chegando a ter três
usinas de beneficiamento de algodão, além de três
indústrias de destilação de aguardente de cana, sofreu
uma forte depressão com o encerramento de suas atividades em decorrência
da falência da produção algodoeira e da ausência
de financiamento das atividades produtivas, demonstrando a dependência
do capital estatal para a manutenção de suas atividades.
NOTAS
1.Gina
Vidal Marcílio Pompeu (organizadora). História de nossa
gente. 2004, p. 142. 2.Idem. Ibidem. p.
145.
3.Secretaria
da Cultura do Ceará. Inventário do Acervo Virgílio
Távora. 2003, p. 121.
4.Tivemos
acesso e fotografamos o documento original em 3 de fevereiro de 2006,
quando o Acervo Virgílio Távora se encontrava sob a custódia
do Arquivo Público Intermediário do Estado do Ceará.
Apesar do referido documento ter sido publicado em edição
da Secult no ano de 2003, somente obtivemos a permissão de fotografá-lo
mediante solicitação escrita feita a Sra. Tereza Maria Távora
Ximenes, filha do ex-governador Virgílio Távora, comprometendo-nos
de não utilizá-lo “indevidamente” sob o risco
de sermos acionados judicialmente.
5.Marcelo
Linhares. De Mombaça à Mombasa. 1976, p. 13.
6.Aírton
de Farias. História do Ceará: dos índios
à geração Cambeba. 1997, p. 247-248.
7.Francisco
Josênio C. Parente. O Ceará dos coronéis (1945 a 1986).
In: Simone de Souza (organizadora). Uma nova história do Ceará.
2004, p. 402.
8.José
Sidrião de Alencar Benevides, popularmente conhecido como José
Jaime, foi eleito prefeito municipal de Mombaça em 7 de outubro
de 1962 pela União Democrática Nacional (UDN). Com a extinção
dos antigos partidos políticos e a criação do bipartidarismo
ingressou na Aliança Renovadora Nacional (ARENA).
9.José
Valdomiro Távora de Castro foi eleito prefeito municipal de Mombaça
em 15 de novembro de 1982 pelo Partido Democrático Social (PDS)
que sucedeu a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) após o
fim do bipartidarismo.
*Publicado
na Revista da ASBRAP nº 17, p. 85-96.
Referências
bibliográficas
Internet:
Maria Pereira Web. Plácido Aderaldo Castelo. Disponível
em: <>.
Acesso em 25-JAN-2011.
Wikipédia. Aristides Lobo. Disponível em: <>.
Acesso em 25-JAN-2011.
Livros:
BENEVIDES, Augusto Tavares de Sá e. Mombaça: biografia
de um sertão. Fortaleza: Imprensa Oficial do Ceará, 1980.
BURSZTYN, Marcel. O país das alianças: elites e
continuísmo no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1990.
CRUZ, Fernando Antonio Lima. Padre Sarmento de Benevides: poder
e política nos sertões de Mombaça (1853-1867). Fortaleza:
Expressão Gráfica e Editora, 2010.
FARIAS, Aírton de. História do Ceará: dos
índios à geração Cambeba. Fortaleza: Tropical,
1997.
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município
e o regime representativo no Brasil. 2 ed. São Paulo: Alfa-Omega,
1975.
LINHARES, Marcelo. De Mombaça à Mombasa. Brasília:
Gráfica do Senado, 1976.
MONTENEGRO, Abelardo F. Os partidos políticos do Ceará.
Fortaleza: Edições UFC, 1980.
PARENTE, Francisco Josênio C. O Ceará dos “coronéis”
(1945 a 1986). In: SOUZA, Simone de (organizadora). Uma nova história
do Ceará. 3 ed. rev. e atual. Fortaleza: Edições
Demócrito Rocha, 2004. p. 381-408.
POMPEU, Gina Vidal Marcílio (organizadora). História
de nossa gente. Fortaleza: INESP, 2004.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O mandonismo local na vida política
brasileira e outros ensaios. São Paulo: Alfa-Omega, 1976.
SECRETARIA DA CULTURA DO CEARÁ. Inventário do Acervo
Virgílio Távora. Fortaleza: Secult, 2003.
Música-tema
da página: Odeon, de Ernesto
Júlio Nazareth (1863-1934), pianista e compositor
brasileiro, considerado um dos grandes nomes do "tango brasileiro"
ou, simplesmente, choro.
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