Há
quase três anos tomamos como missão, um verdadeiro sacerdócio,
preservar a memória e resgatar a História de Mombaça.
Ser um “lembrete”, que conforme o historiador inglês
Peter Burke, é uma das principais funções
do historiador, ou seja, lembrar às pessoas o que elas gostariam
de ter esquecido.
Segundo Rui
Barbosa (1849-1923) “Um país sem memória
não é apenas um país sem passado. É um país
sem futuro.” Esta sentença pode ser trazida para um ambiente
micro, quando nos deparamos com o descaso para com a preservação
da memória dos nossos municípios. Os próprios munícipes
são desconhecedores, em sua maioria, da sua própria história.
Através de
criteriosa pesquisa que contou com o patrocínio da Prefeitura
Municipal de Mombaça localizamos no Arquivo Público do
Estado do Ceará (APEC) a ata de instalação da vila
de Maria Pereira, atual Mombaça, ocorrida no dia 15 de janeiro
de 1853. O referido documento que consideramos ser a “certidão
de nascimento” de Mombaça, pois a emancipou político-administrativamente
da vila de Quixeramobim, nos traz duas verdades que contrariam a historiografia
mombacense até então conhecida: a data da instalação
do município e o 1º presidente da Câmara Municipal.
Ao invés de José Joaquim de Sá e Benevides
que dá nome ao plenário daquela casa legislativa, o seu
1º presidente foi Manoel Procópio de Freitas.
Em três oportunidades
comunicamos através de correspondências enviadas à
mesa diretora e aos demais vereadores da Câmara Municipal de Mombaça,
datadas respectivamente de ,
e ,
tais fatos, sem que, até o presente momento, obtivéssemos
uma resposta oficial.
Esperamos que, encerradas
as eleições municipais, a Câmara Municipal de Mombaça
usando de suas atribuições legislativas restabeleça
a verdade quanto a estes dois fatos marcantes da história mombacense.
“A história
é êmula do tempo, repositório dos fatos, testemunha
do passado, exemplo do presente, advertência do futuro.”
(Miguel de Cervantes).
Saudações,
Fernando
Cruz